segunda-feira, 12 de maio de 2008

Simplesmente



Se a brisa da manhã

Tocar o teu rosto

E num gracejo fogoso

Fizer teus cabelos brincar


Saiba que é um carinho meu

Que sem querer dizer adeus

Pedi ao vento para te entregar.


Se ao andar pelas matas

Sentir o cheiro da vida

De folhas secas e molhadas,

Perfume de flores


Pode ser jasmim

Ou qualquer coisa assim...


É ainda

A minha mensagem

Que vai com

O meu perfume


Para você jamais

Te esquecer de mim.


Ao ouvir o barulho de água

Cristalina, limpa, pura


Vai te lembrar

Das minhas loucuras


Tentando te conquistar.


Uma cachoeira encantada

Vai te lembrar

Minha risada


Quando eu só existia

Para te amar...


E ao ouvir pássaros cantando,

Em alguns galhos namorando


Recordará algumas canções

Que a gente escutava baixinho

Jogados em qualquer cantinho


Deixando a canção dizer

O que havia em nossos corações.


Se uma gota de orvalho

Atrevida em tua face pingar

E mais uma outra

Ainda insistente, cair


É apenas uma lágrima

Que escorregou


É essa imensa saudade

A me consumir.


E, ao cair da tarde

Quando tudo for silêncio

Olhe para o horizonte,

Escuta quando a noite chegar


A mesma estrela vai te dizer

Que, mesmo que

Nunca mais te encontre

Eu jamais vou te esquecer.


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Um comentário:

Oliver Pickwick disse...

Romântico, doce e suave. Este sim, bem ao estilo "La Hepburn". Apurando a leitura, ouve-se até Moon River ;)
Um beijo!