sábado, 16 de agosto de 2008

Penumbra




Espere...
Não entre na desordem deste quarto,
Esparramei no chão meus sentimentos,
Estou revendo a história de cada momento.

Cuidado!
Aqui estão os ais do meu passado...
Não pise nessas dores tão antigas,
Tão velhas que já são minhas amigas.

Observe
Todas as imagens desbotadas,
São meus momentos de decepção
Lavados com o pranto de meu coração...

Descubra
Pendurada naquela parede,
Minha coleção de esperanças
Desde os velhos tempos de criança...

Confira
Aqueles momentos de incerteza,
Os medos, pesadelos, titubeios,
Coleção de meus tolos receios...

Admire...
Empilhei ali naquele canto
Todas as vitórias conquistadas,
Quando por mim fui superada!

Sorria,
Veja a coletânea de alegrias,
Meu acervo da rara beleza...
A vida não tem sido só tristezas!

Não brinque!
Aqui eu guardo meus amores...
De todos, os mais fortes sentimentos.
Tremo ao relembrar cada momento!

Não ligue...
Ali deixei a miscelânea,
Instantes... Curtos, fortes, variados,
Murais que só eu sei o significado...

Enfim...
Sente-se aqui perto de mim,
Apague a nostalgia que me inunda
e veja à meia-luz desta penumbra,
Flashes da aventura que deslumbra!


© Sylvia Cohin

3 comentários:

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

...sente-se aqui perto de mim....
Queria ser poeta para deixar aqui hoje um belo comentário...mas não sou que dizer da beleza, da suavidade, do amor? Nada me saí assim de repente, pode arriscar dizer:Bellisima!Inundou minha alma de alegria e sonho.
Um grande abraço querida.

Emerson Monteiro disse...

Bom dia! Em breve retornarei a alimentar o "blog". Belo gosto de imagens, música e poemas aqui demonstras.

Beijo.

SAM disse...

Magnifica postagem, querida!

Enorme beijo!